Três insecticidas neonicotinóides – clotianidina, imidaclopride e tiametoxame – podem ficar limitados ao uso em estufas permanentes a partir do próximo dia 26 ou 27 de Abril, por votação dos Estados Membros num Comité de Peritos agendado para aquelas datas.

 

Como a Anipla tem vindo a alertar, este risco pode agora concretizar-se. COPA e COGECA já emitiram um comunicado (em anexo) sobre o tema. Os produtores nacionais devem mobilizar-se para contribuir para a manutenção destas ferramentas fundamentais para a nossa agricultura.

 

Lembramos que serão perdidos inúmeros usos muito importantes. Falamos por exemplo do controlo do CICADELÍDEO DA FLAVESCÊNCIA DOURADA, praga de controlo obrigatório em algumas zonas do país; de AFÍDEOS e MOSCA BRANCA em inúmeras culturas hortícolas, muitas delas como uso menor. Existem mais de uma dezena de USOS MENORES aprovados em produtos com base nestas substâncias ativas. Não só em agricultura, mas também em floresta (viveiros de eucalipto) e em ornamentais, para o combate do ESCARAVELHO DAS PALMEIRAS.

 

O estudo de impacto efetuado pela Anipla, mostra que os CICADELÍDEOS são considerados um dos 3 maiores problemas fitossanitários da vinha nas regiões do Alentejo e da Península de Setúbal. A nível nacional calcula-se que seja capaz de conduzir a prejuízos de cerca de 12%, o que equivale a aproximadamente a 93 milhões de euros no sector vinho, a abater ao rendimento dos produtores. O mesmo estudo revela que a psila da pereira, uma das pragas chave controladas por estes produtos, pode representar um impacto negativo na produção na ordem dos 70 milhões de euros. Finalmente, o tomate de indústria, outra das culturas avaliadas no nosso estudo, conta com mosca branca e afídeos como pragas determinantes e de controlo quase incontornável. O ataque incontrolado destes insetos pode conduzir a um prejuízo de mais de 80 milhões de euros, a preços base ao agricultor.

 

E os agricultores não serão os únicos agentes económicos prejudicados. Toda a fileira a montante e a jusante sofreria sérios impactos económicos.

 

É necessário garantir um voto de Portugal contra a proposta da Comissão de limitar o uso destas substâncias a estufas, sendo para isso necessária a mobilização de todos os agentes económicos interessados.

 

 

Para mais informações e esclarecimentos adicionais contactar a ANIPLA.

 

 

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